sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Sinepe-SC insiste no fim das Cotas na UFSC

Sindicato discorda da decisão judicial que determinou a criação de novas vagas

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Santa Catarina (Sinepe-SC), Marcelo Batista de Souza, anunciou nesta sexta-feira que a entidade vai continuar a acionar a Justiça para acabar com qualquer medida "discriminatória" envolvendo a disputa por vagas no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A iniciativa é em resposta à decisão do juiz federal Rafael Selau Carmona, que determinou a criação de novas vagas, pela universidade, para o atendimento do sistema de cotas para negros e estudantes egressos de escola pública.

O Sinepe-SC havia movido uma ação na Justiça Federal solicitando o cumprimento da Constituição.

Na decisão, Carmona entendeu que a UFSC teria agido ao "arrepio" da lei, quando determinou a destinação de 20% das vagas do vestibular para candidatos que tenham cursado o ensino fundamental e médio integralmente em escolas públicas e 10% para candidatos auto declarados negros, que também não tenham cursado escolas privadas.

— O brasil precisa de políticas afirmativas? Precisa. Mas não para negros, índios ou alunos de escola pública. Precisamos melhorar qualidade da escola pública, a geração emprego e a distribuição de renda. (...) As vagas devem ser criadas para a "raça" brasileira. O que precisamos é de igualdade de condições nas bases e não nas universidades — sugeriu Souza. A UFSC ainda pode recorrer da decisão, que passa a valer já para este vestibular.

Fonte:
Diário Catarinense

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O último parágrafo resume perfeitamente o meu comentário: (...)
O que precisamos é de igualdade de condições nas bases e não nas universidades.
Se o presidente e seus puxa-sacos querem que negros e oriundos de escolas púplicas consigam entrar numa universidade pública, que invistam 800% a mais no ensino fundamental. Não falo apenas no investimento na construção de escolas, livros e merenda. Falo em melhorar o sistema de ensino, o sistema didático e investir mais nos professores, tanto no salário, como na sua formação. Agora, que a CPMF caiu, irão ter uma boa desculpa pra que isso não aconteça. Porém, aguardem, pois em breve irá haver mais uma votação para o aumento dos salários dos coitadinhos dos parlamentares, que ganham muito pouquinho.

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